sábado, 3 de julho de 2010

VENCEDORES E DERROTADOS 2

Enquanto a querida continuar a confundir a batuta com a chibata conseguirá, quanto muito, dirigir uma orquestra de burros. E a resposta aos seus grunidos serão zurros.
Percebeu, querida?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE
TER RAZÃO

1. Eu quero acreditar que ambos temos razão...
O contrário seria considerar que
pelo menos um dos dois
seria um símio!

2. Ok... mas eu já ouvi o teu ponto de vista...
julgo mesmo que já o entendi!
Mesmo antes de o entender já o tinha aceite.
Mesmo depois de insistires em repeti-lo, por me acusares de não te estar a entender... eu voltei a ouvir-te, sem retorquir que serias tu que não te estavas a fazer entender e não eu que não estaria a perceber.
Porém... isto não implica que eu desista da minha visão das coisas... que abdique dela
em beneficio da tua!
Aliás eu consigo viver com a minha opinião e com a tua.
Não me incomoda que as duas coexistam.
Não te chega que te aceite?

3. Há pessoas que por estarem tão cheias de si próprias não têm espaço disponivel para mais nada... Agora, não façam de mim seu vasilhame!

4. Ok... tens toda a (tua) razão!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

AMOR 8

O amor corrompe.
Já vi pessoas que por dinheiro, sexo, poder... colocaram de lado os seus valores, príncipios e ideias... mas colocaram-nos apenas de lado... temporariamente... conscientemente, mantiveram-nos reservados, protegidos... porque valores mais altos o impunham.
Mas por amor... Conheço casos de verdadeira e total automutilação, despersonalização.
O amor corrompe verdadeiramente... e de forma irreversivel.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

AMOR 7

O amor é alugar um estranho!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ELOGIO À MULHERES
(Primeiro e último, espero!)

Ok... Há factos indiscutiveis:
"Os homens cozinham e as mulheres fazem o comer"
"A coisa mais parecida com a mulher é a batata. Tal como a mulher, a batata têm grelo e pode ser comida descascada ou ao murro!"
Porém, tenho que admitir: A mulher é um ser fenomenal!
Não, não me estou a referir ao facto de ser um mamifero que consegue sangrar cinco dias, sem morrer. O caso é que eu tenho apenas um cromossoma x e é ele o responsável por todas as anormalidades que poderei, eventualmente, cometer... As mulheres têm 2 cromossomas x... e sobrevivem. São um fenómeno!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Tico e Teco
(Breves considerações sobre o cérebro humano)

1. "O cérebro é uma coisa maravilhosa! Toda a gente devia ter um."
2. Faz-me um favor, diz ao Tico para acordar o Teco que eu preciso falar com os teus dois neurónios ao mesmo tempo... é que, só com o Teco, tu não chegas lá!
3. A culpa não é tua! É que tu tens um cérebro que parece uma noz e o Tico e o Teco passam o tempo a roê-lo!
4. "Minds are like parachutes, they only function when open!"
5. Tu devias doar o teu cérebro à Ciência... de preferência, já!
6. Eu, antes de te conhecer, achava que o cérebro, tal como o coração, era um orgão involuntário... mas, pelos visto, tu consegues parar o teu! Agora, surpreende-me e põe-no a trabalhar!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Algumas considerações sobre
Vencedores e Derrotados

1."Existem dois tipos de pessoas neste mundo:
as que provocam os acontecimentos
e as que vivem as consequências."

2. "Os cães ladram e a caravana passa...
e às vezes por cima dos cães!"

3. "Se os teus inimigos estiverem a cometer erros
não os interrompas."

4. "Se estás num buraco e não sabes como sair
ao menos pára de cavar!"

5. "Os homens são como os tacos do chão
se forem bem montados
duram um a vida!"

6. Existem dois tipos de pessoas neste mundo,
as que assumem o controlo da sua vida
e as que se submetem ao controlo dos outros.
Em qualquer dos casos, não sei porque que é que se queixam!

sábado, 16 de maio de 2009

NUNCA DIGAS NUNCA 2


- Nunca digas nunca... tu dizes agora nunca porque acreditas nisso e queres que as coisas sejam assim, hoje... mas amanhã ou depois as coisas mudam.

- Ah ok! Então entendestes perfeitamente o significado do que eu disse!

NUNCA DIGAS NUNCA 1

- Ah e não sei quê nunca deves dizer nunca porque não sei quê.
- Ó fofinha... eu quando digo nunca, não o faço com a pretensão de prestidigitar o futuro... trata-se apenas de uma declaração de intenção! É como tal que deve ser entendido qualquer referência a acções futuras - declarações de intenção.
Agora, se alguma vez te referiste às tuas intenções futuras sem ponderar as mutabilidades da vida... ou se entendeste as declarações de intenção de alguém como realidades inabaláveis... se te sentes arrependida, frustada, enganada ou simplesmente gostas de usar frases feitas, sem reflectir sobre elas, só porque são bonitas, esmifra-te!

quinta-feira, 29 de maio de 2008


Breves considerações sobre bonecas de prateleira

"Podes furtar-te a todos os sofrimentos do mundo
tens liberdade para isso
e faz parte da tua natureza
mas talvez seja esse
o unico sofrimento
que podias realmente evitar"
Frank Kafka

"Sofrer doi
Não sofrer também doi"
Adilia Lopes

"Eu sinceramente já não quero nem saber
de quem não vai
com medo de sofrer"
Vinícius de Moraes

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quarta-feira, 28 de maio de 2008


Não inventem mais: A perfeição existe!
Ou vão dizer agora que Eu não existo ?!

- Não podes querer que as pessoas sejam todas como tu.
- Mas eu não quero... As pessoas é que deviam querer ser todas como eu!
- És louco... arrogante... e presunçoso!
- Tens razão... seria exigir-vos muito!!

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terça-feira, 27 de maio de 2008


Não dá moca mas distrai

Cortar os pulsos com uma colher!?
É capaz de ser uma solução sim...
Solução solução não direi mas um lenitivo
à minha angustia...
É que já nem vê-las estrebuchar me consola!
Obrigado!

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quinta-feira, 22 de maio de 2008


TO BE OR NOT TO BE ...

- Digo-lhe eu ou dizes-lhe tu?
- Diz-lhe tu!
- Ok... eu digo-lhe (dirige-se a ele) Temos que conversar... Como é que eu te explico isto...? Bom... é o seguinte... Epá diz lhe tu!
- (interrompe) O que ele te quer dizer é que tu não és actor... e também não és cantor... nem pintor ou desenhador... nem fotógrafo... nem sequer és poeta... e tocar pandeireta também não faz de ti músico... e também não és um artista diletante à procura do eu... tu nem sequer és artista... e por muito que procures não vais encontrar nada... e usar essas roupas e falar e agir de forma afectada não farão de ti artista... Não vale a pena esse desassossego... esse esforço inútil... para exprimir a tua suposta sensibilidade de forma artistica... Chega de incomodares as pessoas... Tu não és artista... O que tu és é uma bicha castrada!

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RETÓRICA 3

a)
- Não compreendo como és capaz de usar essa roupa?
- Pois, é uma incapacidade tua!

b)
- Não compreendo como és capaz de usar essa roupa?
- É giro, falas-me num tom superior... para assumir uma incapacidade tua de compreender algo! É giro, revelas que és um incapaz (pelo menos no que diz respeito à capacidade para compreender este assunto) mas manténs essa pose de superioridade... é fofinho! Mas não te preocupes... se mantiveres essa pose, talvez ninguém repare que és um incapaz... não podes é dizê-lo descaradamente... e dessa forma, quase como se o dissesses com orgulho...

c)
- Não compreendo como és capaz de usar essa roupa?
- Ok! Agora tenta dizer isso sem te babar!
- Ah?!
- Ok, esquece! Vamos tentar um desafio mais fácil!
(...)


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RETÓRICA 2

a)
- Tens a mania que és muito esperto, que enganas toda a gente, mas a mim não me enganas.
- Não percebi! E tu repara que eu dizer que não percebi não é propriamente de uma pessoa que tem a mania que é muito esperta (contradizendo o que afirmas de mim)... É que eu não percebi mesmo... Porque tu falas num tom superior, tentando inferiorizar a minha esperteza, relativamente à tua e que sendo superior não deixa que eu te engane: eu, que engano toda a gente - só não te engano a ti, o supremo! Portanto estás acima de todos, porque és o único que não é enganado e acima de mim, porque não te consigo enganar... E dizes tu que eu é que tenho a mania?!
- Sim, sim! És muito esperto!
- Sou esperto ou tenho a mania?


b)
- Pensas que me enganas... mas não me enganas!
- Tu lês pensamentos?! Ainda bem que não te tentei enganar ...

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RETÓRICA 1

a)
- Tens que ser mais tolerante.
- Tens que?! ... Como que uma imposição?! Repara: Eu não defendo os valores da tolerância... Nunca ouviste de mim qualquer afirmação ou comentário em prol da tolerância, das suas virtudes ou dos seus beneficios para o próprio ou para a humanidade... Agora... tu, pelos vistos, és um missionário da tolerância... e como tal estás condenado aos valores que defendes e apregoas. Ora, eu não me condenei a nada! Eu não tenho que ser tolerante contigo... e nem sequer posso, se quiser ser coerente com os meus principios... Já tu, tens que me gramar e tolerar... pacientemente... Ou será que para ti ser tolerante é impor com um "tens que" que eu mude a minha forma de ser e os principios que eu defendo...
- Tu está a deturpar tudo e ...
- Shiu! Tolera!



b)
-Tens que ser mais tolerante.
- Esmifra-te!

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sexta-feira, 16 de maio de 2008

AMOR 6 ÓPERA DO MALANDRO
Chico Buarque

1º Acto - Cena 3

(...)
Vitória(mãe)- Teresinha, duas pessoas podem até se amar que nem nas novela. Só que na vida real, se você ama uma pessoa, é lógico que não vai casar com ela. Casa com qualquer outro. Veja teu pai e eu. Como é que esse casamento durou esse tempo todo? Aqui ninguém ama nem desama.
Duran(pai) - Nem fede nem cheira
V - Nem bate, nem alisa. Então é casamento para a vida inteira. É pão pão, queijo queijo. É tijolo.
D - É sólido como um banco.
V - Porque ninguém suporta os defeitos da pessoa amada por mais de um fim-de-semana em Paquetá. depois a pessoa amada vai ficando é muito chata. O amor vai virar exigência e exigência vai virar frustração que vai virar rancor que vai virar ódio e ódio vai ser mortal. Aí não tem perdão, Teresinha. Só se perdoa quem não se ama.

A orquestra ataca em ritmo de valsa

Teresinha canta "Teresinha"

O primeiro me chegou

Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia

Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens

E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio

Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada

Que tocou meu coração
Mas não me negava nada

E assustada, eu disse não

O segundo me chegou

Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente

Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado

E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta

Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada

Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada

E assustada eu disse não

O terceiro me chegou

Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada

Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama

Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama

E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro

E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro

Dentro do meu coração

A orquesta silencia
AMOR 5 Teatro O Resto
Operação Cardume Rosa, 1998

Adormecer - puff amarelo, mala de viagem e objecto convidado

Horácio - Era uma vez uma menina com corpo forrado a azul...
Beatriz - Azul como o céu?
- Azul como as garrafas que enchem o mar... Essa menina era do tamanho da Austrália e tinha uma angústia vermelha na mão direita... Todos os dias a menina saía de casa quando o sol se punha...
- O sol põe-se?
- O sol põe-se como as galinhas...
- Quando o sol se põe, de que cor é que o céu fica?
- Fica escuro.
- Então não fica azul.
- Fica azul escuro.
- Então a menina do corpo forrado era azul normal, vermelho e azul escuro.
- Pois.
- E quando há sol e lua ao mesmo tempo?
- Há um eclipse.
- E o que é um eclipse?
- É amarelo de um lado e branco do outro.
- (Adormecendo) Azul normal, amarelo de um lado, branco, vermelho e azul escuro...
- Deixas-me acabar a história ou não beatriz?... Bom... a menina está em casa ao fim do dia...
- 6 e meia?
- 7 e um quarto... a menina está em casa, põe metade de um chapéu e sai à rua...
- Ela põe chapéus como as galinhas?
- Posso continuar a história?
- Sim, sim...
- A menina com o corpo forrado a azul gostava de um príncipe que chegava sempre atrasado.
- depois das 7 e meia.
- muito depois. Ele chegava sempre no dia seguinte. Ele vivia muito longe a guardar anjos e só tinha 3 quartos de hora livres sempre que o dia mudasse de cor... E quando chegava corria para ela, dava-lhe um beijinho no queixo, contava-lhe dos seus problemas da alma e desaparecia numa L5.
- Ele não podia lavar a alma?
- A alma é muito difícil de lavar. Tem de se pôr de molho como o bacalhau e ele não tinha tempo para isso. E... olha... era sempre assim... Ele chegava e ficavam os dois, frente a frente, assim como se estivessem gostar em horário de expediente. Ele ainda dizia bom dia quando a via... beijinho no queixo, fechava os olhos e fazia-se deserto tal e qual aqui se faz noite...
- mmmmm...
- Ela ficava do tamanho desse deserto a dizer adeus e nunca chorava nas despedidas porque faz frio. Tira o chapéu, adormece À sombra de um cacto e espera pelo pôr do sol outra vez... Beatriz? Beatriz? Estás a dormir? Então eu estou-te a contar uma história e tu adormeces? Beatriz?
- Estou, estou... ela espera pelo pôr do sol...
- Não me estavas a ouvir...
- Estava, estava... Eu só não percebi aquela parte do horário de expediente.
- Então o horário de expediente é o tempo que...
- Sim, sim. é como tu... mas o que eu não percebo é porque é que eles gostam um do outro em horário de expediente. Gostar não está sempre poente?
(a Beatriz adormece)
- Mas sabias que o amor rima com dor?
- Pois é, mas também rima com tractor.
- ... Pois, se calhar não tem muita importância... Pssst pssst... Beatriz? já estás a dormir? (pausa) Hoje podia fazer uma bela noite?
- Então porque é que não fazes?
- Não tenho preto que chegue...

segunda-feira, 12 de maio de 2008


AMOR 4

Acho que já percebi...
e desculpa o que te disse...
a forma como te respondi...
mas só agora percebi, de facto:
Tu não tens estado a falar comigo,
pois não?
Algures nesta sala,
anda o teu amiguinho imaginário...
É para ele que tu estás a berrar
esses disparates sem sentido!
Vocês estão xateados, não é?
É normal querida...
com o teu feitio é normal!

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AMOR 3


"Morre

por teres ousado

na água

amar o fogo!"


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AMOR 3

Morre
por teres ousado
na água
amar o fogo!

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AMOR 2

"O Amor
foi uma coisa que o homem inventou
para poder ter sexo sem pagar"

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AMOR 1

O Amor não existe!

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domingo, 11 de maio de 2008


TEATRO 2

- Posso falar consigo?
- Diga, diga!
- É que eu tenho um a sobrinha que escreveu uma peça de teatro e foi ela que encenou e tudo... com os amigos.
(silêncio)
- Sssim!
- Não, é que ela tem 14 anos e foi ela que fez tudo e ficou muito engraçado... uma coisa muito engraçada... ela nunca tinha feito nada... e sozinha, com 14 anos, acho que ficou muito engraçado, muito engraçado mesmo... apresentou na escola e noutro sitio.
(silêncio)
-Pois...
- É que ela tem catorze anos!
- Pois...
- E achei que o senhor podia falar com ela! Porque com catorze anos... fazer tudo sozinha e ficar uma coisa tão boa...
- Sim... com catorze anos... tem espírito empreendedor! Mas ela costuma ir ao teatro?
- Não, acho que não costuma ir... Mas a peça estava muito engraçada... Eu achei muito engraçada!
- E a senhora costuma ir ao teatro?
- Não, por acaso não tenho ido... mas o que eu estou a dizer é que para 14 anos é uma coisa...
- Sabe, é que convém ver o que se vai fazendo no mundo... porque às vezes podemos achar que estamos a fazer uma coisa muito original e afinal, à nossa volta já fizeram a mesma coisa mil vezes e nós não nos apercebemos...
- Pois, mas para 14 anos estava muito bom...
- Eu não digo que não esteja bom... até acredito que para quem nunca viu nada possa estar magnifico... convém é ter referências para se avaliar esse tipo de coisas...
- Pois, mas o que eu estava a dizer é que ela tem 14 anos... e para 14 anos estava muito engraçado...
- Pois, parabéns!
- Achei que estava mesmo muito engraçada mesmo!

Nota: Concluindo, se alguém quiser falar com uma criatura de 14 anos que, segundo a tia babada, que passa as tardes a beber minis e fumar cigarros, faz coisas muito engraçadas, a senhora em questão disponibiliza a sobrinha!

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LOL

Não peças desculpa... és quem és!
... e no fundo não queres ser outra coisa...
És horrívelmente, arrogantemente, orgulhosamente
tu...
e pedir desculpa é a forma inventada por ti
... mas já gasta
de tentar cegar os que te rodeiam...
e cego é tu que não os vês

desaparecer, ao longe, no horizonte!

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sexta-feira, 9 de maio de 2008


A VERDADE
(ENSINAMENTO BUDISTA)

- Mestre, o que é a verdade?
O mestre agarrou a cabeça do discípulo e enfiou-a dentro de água. Quando as bolhas de ar começaram a rarear retirou a cabeça da água, soltou-a e respondeu:
- Quando desejares a verdade, como desejaste o ar para respirar, saberás o que ela é.


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quinta-feira, 8 de maio de 2008


L
"...is for the way you look at me!"



Hoje cruzei-me por duas jovens fettuccini...
não tinham mais que 16 anos.
Eis o que se passou entre elas:


De mão dada, dedos entrelaçados,
olhar terno, sorrisos cumplices
desciam a rua.
Era uma rua movimentada, eram 18h,
os velhos sentados nos banco que a ladeavam
aguardavam o entardecer.
Uma delas, num impulso, beijou a outra na face:

- Assustaste-me! - Respondeu a outra com candura.

- Eu sei... os teus olhos tremeram!

O mundo não está preparado para isto...
nem sequer aquela parte do mundo que se masturba com isto!

Só espero que habitem um R/C...

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Em homenagem a uma adolescente de 15 anos que se atirou de um 5º andar, porque, aparentemente, os pais não compreenderam nem aceitaram as suas interrogações...

quarta-feira, 7 de maio de 2008





Acredito que nós somos o que comemos.

As pessoas que comem bolas de berlim sem creme,
são isso mesmo...
bolas de berlim sem creme!

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terça-feira, 6 de maio de 2008



O ALEIJADO 2

Todos os dias, no mesmo semáforo, à mesma hora,

lá está o aleijado a pedir...
Todos os dias não.
Ele alterna com a zarolha que tem bexigas nas pernas...
O aleijado é coxo!
E anda muito devagar para mostrar a sua dor...
E sempre que a luz vermelha cai,
lá vai ele arrastando-se até aos carros parados...
Mas como é coxo só tem tempo de fazer um carro.
É que esta gente é burra...
ele não podia ter inventado outra doença
para apelar aos corações sensiveis.
Tipo: podia fazer-se passar por hiperativo.
Está na moda!
E ao menos conseguia fazer os carros todos
e num instantinho...
corria era muito... e correr cansa... Pois...

Quem sou eu para me estar a meter num oficio milenar...
Não é a minha área...
Peço desculpa a todos os aleijados pedintes
e às zarolhas com bexigas nas pernas...
Força!

Estaremos cá para pagar o vosso esforço...
e compensar o vosso empreendorismo!

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O ALEIJADO 1

- Consegui emprego!
- Onde?
- Vou trabalhar com aquele meu amigo aleijado!
- Aleijado?
- Sim, o coxo! Mas tenho que procurar melhor que ele paga-me pouco... Só 10% não achas exploração... Mas entretanto já levei com os pés de outras duas empresas!
- E só não levaste com os pés do teu amigo... porque ele é coxo!


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segunda-feira, 5 de maio de 2008



TEATRO I

- Ah! Então é você? Já tinha ouvido falar muito de si... mas nunca tinha oportunidade de lhe falar... gosto muito do seu trabalho... sei que faz coisas muito interessantes...
-Ah! Tem visto as minhas peças é?
- Por acaso ainda não tive oportunidade... mas tenho ouvido falar muito bem...
- Pois...
- E eu por acaso ando já há muito tempo para falar consigo... porque queria que fosse lá à minha instituição fazer uma animação... assim um teatro de rua... como sei que tem muito jeito... e gosta...
- Eu por acaso não faço animações e também não faço teatro de rua...
- Não, então porquê?
- Porque não quero fazer... e não gosto!
- Pronto mas podia ser uma coisa diferente, conversavamos e você logo via... que eu cá também não percebo nada disso... você é que sabe...
- Pois, é uma questão de conversarmos e vermos as condições!
- Pois, as condições é que é complicado... porque nós não temos dinheiro para pagar... mas de resto... o que for preciso... transportes, alimentação... Mas como sei que gosta de fazer isto achei que não houvesse problema... é uma coisa que até é capaz de lhe dar prazer... vai gostar de fazer
- Ah! Pois! Olhe, a senhora gosta de dançar?
- Gosto!
- É que eu pensei... já que a senhora gosta de dançar... eu costumo organizar uns jantares lá em casa para os meus amigos e pensei que a senhora, já que gosta de dançar, podia ir lá a casa dançar para eles, em cima de uma mesa... dinheiro não há, mas o resto, o que for preciso... pode jantar, no fim e pagamos-lhe o táxi para voltar para casa... como sei que gosta de dançar... pensei... é uma coisa que até é capaz de lhe dar prazer
- Também não precisa ser mal educado!
- Não minha senhora, mal educado eu seria se tivesse começado por lhe perguntar se a senhora gosta de f....!


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segunda-feira, 28 de abril de 2008


A CRÍTICA

A maior parte da critica é um flato ruidoso e fétido!
Incomoda, claro que incomoda.

Acabei de dizer que era ruidoso e fétido.
Resulta da frustação acumulada

de seres incapazes mas ambiciosos...
Incapazes porque não estão habilitados a fazê-lo...

Mas fazem-no
apoiados nessa coisa chamada democratização da opinião...
o direito a opinar deve ser ganho, merecido...
Não queiram ter a pretensão
de se acharem capazes de ter uma ideia de caracter artistico
ou tecer um comentário técnico
sobre algo que não referenciam
e sequer alguma vez experimentaram.
A parte nojenta é que mictar no criador perante a sua obra
e vê-lo afogar-se nesse micto
é a única forma de puxar a si algum protagonismo,
apoderando-se por momentos
de um qualquer tipo de poder sobre o acto criativo...
acto que ambicionam mas que sempre ficarão aquém de atingir...
Se não fosse a enorme pobreza

de espírito e ideias e em alguns casos de modos dessas criaturas,
perceberiam que a única coisa que poderiam e deveriam ambicionar
era a de desenvolver a capacidade de não cagar na parada...
Mas, oh infortunio, tal não acontece!
Porque, como diria um amigo meu,
"Se um regimento de cavalaria
atravessasse a galope os seus cérebros,
não correria o risco de tropeçar
numa única ideia!"

E andam esses rabos balofos,

essas latrinas com pernas,

esses piaçabas da cultura,

pavoneando a sua flatulência intelectual pseudo-artistica...

largando por onde passam a sua gosma peganhenta...

As bactérias da bosta

são mais úteis ao planeta

que esses parasitas da criação!

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domingo, 27 de abril de 2008

O post que se segue contém linguagem imprópria
A NOBRE ARTE DO GALANTEIO

No outro dia, chegaram até mim dois jovens adolescentes em sofrimento passional profundo. Desprovidos de qualquer sombra de talento na arte do galanteio... condenados a morrer sem provar as bagas de Vénus... viram em mim a figura do barqueiro... capaz de os fazer transportar ao paraíso ou de os despejar às portas do inferno. Para estes 2 seres e todos os que como eles vivem emparedados num spot virtual decidi, num acto tresloucado e inédito de altruismo, divulgar alguns ensinamentos inscritos na Bíblia da Arte do Galanteio.

Método infalivel de galanteio pela poesia
(Atenção ao tipo feminino a que se dirige. Este método só tem efeito se o poema for dedicado ao tipo especifico a que se refere)


1-Tipo Fettuccini Romantica

Oh ser imaculado
de limpido olhar
pelos deuses adorado
nascido do sol, erguido do mar

Oh musa de alma pura
inspiradora de tantas Odes
Uma questão em mim perdura:
Com'é qu'é... fodes?


2- Tipo Senesga
Insaciável

Chegaste vinda do nada
e em pouco ou nada te entregaste a mim
e foi ao som de uma nalgada
que dentro de ti eu me vim...

Na praia, nos pontões
Nos parques na autoestrada
Depois de tantas posições
com'é qu'é... pró cu não vai nada?


3- Tipo Senesga Manhosa

A terra em orbita no Universo
não rodou tanto como tu
oh ser lascivo perverso
fustiga meu corpo nu

Possui-me devora-me e eu cedo
à tua rata envenedada
agora já não tenho medo
pedi uma pila emprestada

Que a minha, aí não ponho... o que é que tu pensas?
Não sou parvo, nem louco!
Deves estar cheia de bicho e doenças
Ponho aí a pila e sai-me um toco


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sexta-feira, 25 de abril de 2008


A SOLUÇÃO



Vamos acabar com isto depressa...

e dar oportunidade às baratas!

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